Palco de tantas produções artísticas em que Alceu Penna fez trabalhos gloriosos nos anos 40, o antigo cassino fechado em 1946 vai ser restaurado.
Sede atual do Istituto Europeo di Design, IED-Rio, a segunda etapa das obras, orçadas em R$ 27 milhões, está prevista para em outubro, com a criação de um Centro de Estudos e novo Teatro. 🎭👏🏻👏🏻👏🏻 Vamos aguardar, o lugar é lindíssimo e cheio de história!
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— O teatro deve ficar pronto de seis a oito meses após o início das obras e será logo aberto ao público, para a realização de peças, shows, exposições e desfiles. Em paralelo, seguiremos com a obra do laboratório de inovação, que dará aos makers (arquitetos, designers e profissionais da área criativa em geral) a possibilidade de produzir tecidos, protótipos, maquetes. A previsão de conclusão é 2019 — afirma Fabio Palma, diretor do IED, que abriga cursos de graduação e pós-graduação em campos da economia criativa, como design estratégico, moda, comunicação visual e urbanismo sustentável.
A etapa “zero” do projeto começou em junho do ano passado, quando o IED deu início à limpeza do prédio do teatro, tomado por lixo e entulho. Seis semanas e cinco caçambas grandes de caminhão de resíduos retiradas depois, o espaço, um esqueleto de tijolos aparentes, que conserva o desenho original do casarão, estava apto a receber visitas: já abrigou duas peças de teatro e vai hospedar, a partir deste sábado, a exposição “Ambientes Infláveis”, dos artistas Hugo Richard e Natali Tubenchlak.
— E, em outubro, antes do início das obras, teremos uma ópera lírica multimídia da Jocy de Oliveira aberta ao público — adianta Fabio.
Segundo o diretor do IED, o novo empreendimento “será o primeiro prédio sustentável tombado do Brasil” (pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade): terá painéis solares, geradores eólicos, aproveitamento geotérmico — para diminuir a necessidade do uso de ar-condicionado —, além de reutilização total da água da chuva. A obra custará R$ 27 milhões.
— Fomos autorizados pelo Ministério da Cultura a captar até R$ 21 milhões pela Lei Rouanet. Apresentamos o projeto ao BNDES, e ele foi formalmente acolhido. Em julho, deveremos ter uma resposta — afirma Fabio.
Em 2006, a prefeitura cedeu ao IED por 25 anos, renováveis por mais 25, o prédio do antigo Cassino da Urca, que já abrigou o Hotel Balneário e a TV Tupi. Em 2014, após R$ 14 milhões serem investidos em revitalização, a parte do imóvel voltada para a praia foi inaugurada, com salas de aula (hoje são cerca de 600 alunos), laboratórios criativos, espaço para exposições e uma cafeteria.
— A contrapartida do IED era a reforma integral do prédio, conservação e manutenção, para transformá-lo num espaço privado e, ao mesmo tempo, público. Temos um programa de concessão de bolsas e oferecemos atividades gratuitas — observa o diretor.
Mas ainda há uma grande polêmica entre o IED e os moradores da Urca, preocupados com o impacto da atração no bairro.
— Fiz um projeto para desestimular o uso de carros e consegui que a prefeitura e o Itaú instalassem uma estação do Bike Rio. Para os 15% dos usuários do IED que vêm de carro, há convênio com o estacionamento da Igreja Santa Teresinha e van para traslado — assegura Fabio.
A Associação de Moradores da Urca (Amour) resiste.
— Na Urca não cabe teatro, as ruas são muito estreitas, o trânsito engarrafa facilmente. É um bairro que não aguenta esse impacto — afirma Cida Ferreira, presidente da Amour, que entrou com uma ação contra a cessão de uso do terre
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Em processo de revitalização, Cassino da Urca renasce aos poucos